Sistema de Acompanhamento Remoto e Apoio à Decisão Operacional (SARADO)

As alterações que a floresta tem sofrido nas últimas décadas, em função do clima e das atividades humanas, potencia o risco de catástrofes ecológicas, como o são os grandes incêndios florestais. Para parar a proliferação da catástrofe é necessário implementar medidas preventivas, orientadas para a utilização sustentável dos ecossistemas.

A intervenção, monitorização e acompanhamento remoto apoiada em novas tecnologias aumenta a rapidez de atuação das equipas no terreno, corretamente dimensionadas, o que tem um impacto muito significativo, uma vez que a área ardida cresce de forma exponencial com a duração dos incêndios.

O Sistema de Acompanhamento Remoto e Apoio à Decisão Operacional compõe-se essencialmente de estações de dois tipos: as Torres de Acompanhamento Remoto e monitorização de Apoio à Decisão, e os Centros de Gestão e Controlo.

As Torres de Acompanhamento Remoto servem de suporte às câmaras de vídeo, orientáveis em azimute e elevação, a partir dos Centos de Gestão e Coordenação (CGC). Os CGC dispõem de monitores de vídeo onde as imagens das câmaras são apresentadas em simultâneo e em tempo real, com elevadas qualidade e taxa de atualização.

Este sistema é um complemento ao tradicional método de vigilância e deteção. As características deste sistema de vigilância remota, permitem a monitorização remota de extensas áreas com um custo por hectare reduzido, salvaguardando os recursos florestais da região abrangida pela CIM-BSE, reforçando o Sistema de informação e de monitorização de suporte a planos de prevenção de âmbito supramunicipal de riscos, nomeadamente a sistemas de vigilância e alerta, numa perspetiva de preenchimento de lacunas e zonas com pouca cobertura o sem cobertura nenhuma, salvaguardando a integração e interoperabilidade entre sistemas de gestão de informação novos ou já existentes.

A candidatura foi aprovada pelo POSEUR em 2016 pela CIM-BSE em benefício dos municípios que compõem a CIM-BSE e distribuem-se por dois distritos: Guarda e Castelo Branco. O projeto SARADO visa dotar a região de um sistema de deteção e auxílio no combate aos incêndios florestais, composto por 17 torres com câmaras com alcance de mais de 30Km cobrindo a quase totalidade do território da comunidade intermunicipal, estando ligadas a dois centros de gestão e controlo localizados na Guarda e em Castelo Branco. Os meios técnicos locais estão assim assessorados de uma ferramenta que:

  • Permite determinar e registar a localização exata do incêndio.
  • Só é necessário um operador para várias estações remotas conseguindo-se desta forma uma melhor utilização dos recursos humanos.
  • Este sistema consegue fazer a monitorização quer do incêndio quer das operações de combate, desempenhando desta forma um papel importante na locação de meios no terreno, no estabelecimento de prioridades de combate, no caso de ocorrência de mais do que um incêndio em simultâneo e permite ainda obter dados objetivos para uma posterior avaliação do desempenho dos recursos envolvidos.

A eficiência na deteção do incêndio, possibilita rapidamente colocar meios de combate no terreno e menos área ardida se verificará no final, aproveitando de forma integrada os recursos existentes reduzindo os custos.