Beiras e Serra da Estrela dizem que regiões ganham com Ministério da Coesão Territorial


Fonte: Lusa

A Comunidade Intermunicipal das Beiras e Serra da Estrela considerou hoje que as regiões mais desfavorecidas podem vir a ganhar com o recém-criado Ministério da Coesão Territorial, que será liderado por uma pessoa “de arregaçar mangas”.
O presidente da Comunidade Intermunicipal das Beiras e Serra da Estrela (CIM-BSE) e da Câmara Municipal de Seia, Carlos Filipe Camelo (PS), disse hoje à agência Lusa que as regiões do interior “poderão, em muito, ganhar” com a escolha de Ana Abrunhosa para ministra do novo Ministério da Coesão Territorial e com a nova “organização do Governo”.
“Também pressupomos que pessoas como a doutora Ana Abrunhosa e o Ministério ligado à Coesão Territorial tenham ao seu dispor um conjunto de instrumentos, um conjunto de ferramentas, que lhes possibilite não só teorizar os caminhos que possam levar a um futuro mais risonho para estas regiões, do ponto de vista teórico, mas que possam ser traduzidos em termos de prática”, afirmou.
O autarca que lidera a CIMB-SE, que tem sede na Guarda, valorizou ainda a criação do Ministério da Coesão Territorial pela proximidade do quadro comunitário 2020-2030.
“Vem aí um novo desafio com a questão da Europa em termos do [quadro comunitário] 2020-2030, onde as realidades estão ligadas a especificidades muito próprias em termos das cidades com menos de 100 mil habitantes, com preocupações muito ligadas às mobilidades, às eficiências hídricas e energéticas”, sublinhou.
Carlos Filipe Camelo também se congratula com a decisão do primeiro-ministro em incluir nas pastas ministeriais “uma que tem a ver com a Coesão Territorial”.
“Não fossemos nós [CIM-BSE] um território de baixa densidade, com preocupações muito específicas, muito associadas a questões demográficas, despovoamento do território e envelhecimento da população, a que se juntam outras situações que levam ao esvaziamento de zonas como aquelas em que a CIM-BSE consegue abraçar”, justificou o autarca.
Sobre a nomeação da presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Centro (CCDRC), Ana Abrunhosa, para o cargo de ministra da Coesão Territorial, Carlos Filipe Camelo considera que foi “uma escolha assertiva”.