Depois de ter ouvido e convocado para a ação os agentes do território, o Programa de Revitalização do Parque Natural da Serra da Estrela (PRPNSE) entra agora na fase de desenvolvimento de medidas e projetos que promovam a revitalização ambiental, social, económica e cultural do território afetado pelos incêndios.
Coordenado pela Comunidade Intermunicipal das Beiras e Serra da Estrela (CIM BSE) com o apoio técnico dos laboratórios colaborativos MORE CoLAB e CoLAB Forestwise, o PRPNSE constitui-se como um Programa Integrado de Desenvolvimento Regional do Território, com foco nos domínios temáticos “Pessoas, Inovação Social, Demografia e Habitação”; “Economia, Competitividade e Internacionalização”; “Ambiente, Proteção Civil, Florestas, Agricultura e Ordenamento” e “Cultura, Turismo e Marketing Territorial”.
Os projetos e medidas a implementar no curto e médio prazo até 2030 estão delineados para promover o desenvolvimento sustentável da região; a recuperação e revitalização do seu património natural e biodiversidade; a inovação e o investimento para a revitalização dos setores produtivos e diversificação da base económica da região, combatendo a perda demográfica e tornando o território mais resiliente às alterações climáticas e aos seus efeitos, preservando e valorizando o seu principal ativo patrimonial, o PNSE e todo o seu ecossistema, nos trâmites da Resolução de Conselho de Ministros n.º 83/2022 (27 de setembro).
Nos últimos meses, foi desenvolvida uma metodologia participativa que integrou técnicas de auscultação e participação dos agentes do território (como workshops, focus groups, questionários) para se priorizarem objetivos e áreas de atuação e (co)desenhar medidas e projetos concretos a implementar. A fim de evitar sobreposição de iniciativas, foi feita uma revisão de estratégias, planos e programas já desenvolvidos para o território do PNSE, identificando sinergias e complementaridades.
Nesta fase, está já a ser delineada mais de uma dezena de projetos que aborda, entre outros temas centrais, os saberes-fazeres do território da CIM BSE e a valorização do património pastoril; as raças e os produtos autóctones; a capacitação das comunidades e do tecido empresarial; a reabilitação urbana e a recuperação e proteção de habitats.